terça-feira, 26 de agosto de 2014

#EunaBienal #AntologiaDellicatta




Obras de minha autoria publicadas:

*Poesia

 
A Roseira

A Roseira floresceu.
No inverno estremeceu
No verão adoeceu
No outono, ressequiu.

A Roseira secou.
Da primavera, se esqueceu
Sua folhagem amarelou
O seu broto, não vingou.

Seu dono se lembrou
Da velha roseira no quintal;
Fez a poda de seus galhos
Carinho deu ao roseiral.

A primavera chegou
O seu dono se alegrou
Muitas rosas brotaram
Naquele lindo jardim!

(Poesia classificadas em 2° lugar “Honra ao mérito” no 1° Concurso de poesias “Olavo Bilac” da AVLA – Academia Valeparaibana de Letras e Artes de Taubaté/SP – 2012.)


*Crônica


A estação das amoreiras

A primavera chegou, e com ela muitas flores coloridas, jardins ornamentados e muitas lembranças...
Como não se lembrar da chegada da primavera e suas amoreiras carregadas de suculentas e deliciosas amoras? Só de pensar já me enche a boca d'água!
Lembro-me da minha infância na chácara de meu tio junto a meus primos, na disputa de quem conseguia devorar mais daquelas suculentas amoras, sempre aos berros disputando o espaço debaixo das amoreiras, descalços, com as solas dos pés manchados com a quela nódoa roxa, que depois teimava em não sair no banho, “nem com caco de telha” brincava minha avó. E é claro que as amoras mais baixas e maduras acabavam primeiro; depois tínhamos que disputar as mais altas e mais difíceis com os passarinhos que, claro, saíam ganhando nessa!
Mas sem estresse, afinal a semana passava ligeiro e no próximo domingo outras amoreiras se encontravam “carregadas” com amoras doces e roxinhas, prontas para serem devoradas! Assim se iniciava a disputa entre os primos novamente...
Hoje esta chácara já não existe mais, mas andando pelas ruas da cidade nesta época do ano, as vejo por aí, espalhadas aos montes em parques, praças e vias públicas, sendo esquecidas e até ignoradas durante o ano, até a chegada da primavera. Então vejo “caçadores” parando, durante uma caminhada ou na volta do trabalho, sob suas frondosas sombras, se equilibrando nas pontas dos pés, apanhando e se fartando com estas frutinhas arroxeadas, delicia!
Vergonha por quê? Afinal de contas todos nós já fomos crianças um dia, e relembrar sempre faz bem!

Crônica publicada no Jornal Voz do Vale - Taubaté/SP.



 

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