Obras de minha autoria publicadas:
*Poesia
A Roseira
A Roseira floresceu.
No inverno
estremeceu
No verão
adoeceu
No outono,
ressequiu.
A Roseira
secou.
Da
primavera, se esqueceu
Sua
folhagem amarelou
O seu
broto, não vingou.
Seu dono
se lembrou
Da velha
roseira no quintal;
Fez a poda
de seus galhos
Carinho
deu ao roseiral.
A
primavera chegou
O seu dono
se alegrou
Muitas
rosas brotaram
Naquele
lindo jardim!
(Poesia
classificadas em 2° lugar “Honra ao mérito” no 1° Concurso de
poesias “Olavo Bilac” da AVLA – Academia Valeparaibana de
Letras e Artes de Taubaté/SP – 2012.)
*Crônica
A
estação das amoreiras
A
primavera chegou, e com ela muitas flores coloridas, jardins
ornamentados e muitas lembranças...
Como
não se lembrar da chegada da primavera e suas amoreiras carregadas
de suculentas e deliciosas amoras? Só de pensar já me enche a boca
d'água!
Lembro-me
da minha infância na chácara de meu tio junto a meus primos, na
disputa de quem conseguia devorar mais daquelas suculentas amoras,
sempre aos berros disputando o espaço debaixo das amoreiras,
descalços, com as solas dos pés manchados com a quela nódoa roxa,
que depois teimava em não sair no banho, “nem com caco de telha”
brincava minha avó. E é claro que as amoras mais baixas e maduras
acabavam primeiro; depois tínhamos que disputar as mais altas e mais
difíceis com os passarinhos que, claro, saíam ganhando nessa!
Mas
sem estresse, afinal a semana passava ligeiro e no próximo domingo
outras amoreiras se encontravam “carregadas” com amoras doces e
roxinhas, prontas para serem devoradas! Assim se iniciava a disputa
entre os primos novamente...
Hoje
esta chácara já não existe mais, mas andando pelas ruas da cidade
nesta época do ano, as vejo por aí, espalhadas aos montes em
parques, praças e vias públicas, sendo esquecidas e até ignoradas
durante o ano, até a chegada da primavera. Então vejo “caçadores”
parando, durante uma caminhada ou na volta do trabalho, sob suas
frondosas sombras, se equilibrando nas pontas dos pés, apanhando e
se fartando com estas frutinhas arroxeadas, delicia!
Vergonha
por quê? Afinal de contas todos nós já fomos crianças um dia, e
relembrar sempre faz bem!
Crônica publicada no Jornal Voz do Vale - Taubaté/SP.
Nenhum comentário:
Postar um comentário