Ele
sentou afoito. Muitas coisas passavam pela sua cabeça. A dias não
dormia tentando se convencer a adiar aquela decisão difícil.
Adentrar ou não aquela sala? Sentia-se desafiado e aturdido em ter
de relembrar e remexer em toda aquela poeira escondida debaixo do
tapete... ficar ou correr?
Ao
lado esquerdo de sua poltrona havia uma pintura que retratava uma
linda casa antiga, estilo colonial, que lhe lembrava as ruas de São
Luiz.
A sua
frente, desenhado em pintura a antiga casa de Monteiro Lobato.
Reconheceu pelo velho Cruzeiro representado a frente da entrada da
casa; “ele deve amar muito sua terra natal”, ele pensou, pois
aquele quadro lhe era muito peculiar.
Em um
enorme vaso, espadas de São Jorge espetavam os olhos dos curiosos e
invejosos; “será que são verdadeiros? Não sei...” e deixou
para investigá-los em uma outra oportunidade. Preguiça de levantar
da poltrona, ou seria apreensão?
Estava
mergulhado em seus pensamentos e temores quando a porta da sala se
abriu, e ele foi convidado a adentrar, e assim ele o fez.
Karina Aldrighis
Nenhum comentário:
Postar um comentário