quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Manuscrito do Diálogo com o Amante IV - Separação


Querido... Separação é só um instante; onde duas almas errantes desviam suas rotas ao longo do caminho... Pode durar alguns segundos ou pode durar para sempre, depende de como está a dureza no coração de cada um que habita.
Tive que partir, por que não entendes?Você me culpa, me agride, me chama de covarde, onde está a coerência nisso?
Muitos ventos sopravam contra você, me assoviavam que esta corrente de vento é fria demais para aquecer meu coração... Mas eu fui contra todas as direções de ventos, enfrentei a mais forte ventania para estar com você, para estar ao seu lado, e o que ganhei com isso?
Um coração ferido?
Agora você me vem com frases “sinto sua falta”, “estou com saudades”, “penso em você...”.
Isso não é o suficiente para sustentar o vazio que enche meu coração. Já sabíamos onde tudo isso iria acabar, então porque a insistência?
Vivesse o momento, e então tudo estaria acabado. Não me cobre, eu não sou assim, é necessário mais que um momento para se perdurar uma emoção em meu coração.
Porque eu não sou capaz de te desentortar, e porque eu jamais serei capaz de mudar o mundo...

 Nota: A série – Manuscrito de um diálogo com o Amante – é uma série de microcontos onde uma adolescente, através de diálogos com seu companheiro, relata em manuscritos as primeiras vivencias e descobertas do amor.

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