terça-feira, 21 de junho de 2011

Manuscrito de um diálogo com o Amante (I)


Meu Muso:

Sabe que é a você que dirijo estas palavras. Você é a inspiração do meu viver, a vibração do meu morrer (de amor), a idealização da minha imaginação, o desassossego da minha paixão...

Deixo-lhe tudo isso: saudade, amizade, palavras amigas, momentos de benfica e muita absolvição (porque viver um amor verdadeiro e irrestrito sem perdoar é impossível...).

Erramos muito na vida, mas a Vida também erra muito com a gente...É difícil diferenciar o que é certo, o que é errado, o que é diferente...

Displicente é imaginar que um dia podes deixar de me amar sem me levar em consideração, pois os seus sentimentos eu levo em consideração sempre! (É um defeito meu, achar que se consegue levar os sofrimentos alheios do Mundo nas costas, sem avaliar os próprios sofrimentos...)

Existe uma linha tênue entre diferenciar o sofrer do Amor do êxtase momentâneo que este próprio Amor pode causar...

Você entende o que digo, não? Afinal deixas sinais de que já sofreste muito por amor em sua longa caminhada. Marcas ele (o amor) deixa, mas a Vida não consegue apaga-las...Será que já sofrestes por mim também? Que doce imaginar isso... “Ele já sofreu ou sofre por mim...”

Ah, o êxtase do amor! Extasio-me com ele também...Espero nunca abandona-lo...

Karina Aldrighis

2 comentários:

  1. Que lindo texto, Karina. "...Que doce imaginar isso... 'ele já sofreu por mim também'..." Apaixonante.

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  2. Obrigada amigo, adoro sua presença em meu blog! bjs

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